18 de janeiro de 2018

Expocatadores 2017: entidades da economia solidária lançam plataforma para desenvolvimento

Foto: Diego Cota/Redesol MG

O encerramento da Expocatadores 2017, realizada de 11 a 13 de dezembro, em Brasília/DF, marcou o lançamento da Plataforma para o Desenvolvimento do Cooperativismo Solidário no Brasil. Representantes das quatro entidades que integram a União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas) destacaram a importância da organização dos trabalhadores na promoção da independência da classe.

Em março de 2017, a União Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do Brasil (Unicatadores) passou a integrar a Unicopas. Segundo a secretária-geral da Unicatadores, Aline Sousa, essa união se firmou para somar à causa. “A Unicopas veio para fazer a unificação de bandeiras. A Unicatadores se associou para defender e fortalecer a luta do movimento nacional dos catadores”, disse.

Catadora do Movimento Nacional das Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Claudete Costa explicou como será a atuação da Unicatadores junto aos empreendimentos. “Essa conjuntura é para o crescimento e busca de direito pela igualdade. A fundação da Unicatadores é no intuito de cadastrar as bases que fazem parte da luta e militância, que levantam a bandeira do movimento nacional”, revelou.

O representante da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), Francisco Dal Chiavon, o “Chicão”, destacou o crescimento da pauta dos catadores ao longo dos anos e reforçou que foi somente devido à organização que o movimento teve êxitos.

“Vocês são a novidade desse século. Até então, não se ouvia falar em organização de trabalhadores da reciclagem que trabalham nas cidades. Só a organização que fez vocês avançarem. Portanto, ela é fundamental. A cooperativa é um grande instrumento para independência da classe”, afirmou.

Diretor internacional da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil) e presidente da Unicopas, Arildo Mota explicou que a plataforma visa melhorar a técnica e a política dos grupos. “Por um Brasil cooperativo e solidário, que é a nossa plataforma de enfrentamento para organizar a produção, disputar o estado, modificar legislações e decretos, pautar os entes federativos, seja município, estado ou federação”, finalizou.