18 de janeiro de 2018

Expocatadores 2017 reforça importância dos catadores no desenvolvimento sustentável

Foto: Diego Cota/Redesol MG

Os catadores da Redesol MG, assim como os milhares de trabalhadores com resíduos sólidos no Brasil, desempenham o papel importante de promover a sustentabilidade na busca diária por renda e dignidade. Alcançar o patamar do desenvolvimento social e econômico sustentável é um dos principais objetivos do milênio, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade lançou em 2015, a Agenda 2030, que foi pauta da conferência de abertura da Expocatadores 2017, no dia 11 de dezembro, em Brasília/DF.

Essa agenda é composta por planos de ações que priorizam a sustentabilidade. Está incluso nela os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A conferência “Os desafios para construção de uma agenda global em favor da preservação do planeta e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Como a ação dos catadores pode contribuir neste pacto global?” mostrou ao trabalhador como se dá seu protagonismo dentro do processo produtivo.

Um dos problemas ambientais latentes no planeta é a forma como são destinados os resíduos produzidos pela população. De forma indevida, compromete o meio ambiente. Desta forma, o fortalecimento das organizações de catadores e a manutenção de parcerias e diálogo com os órgãos governamentais são importantes para as cidades.

De acordo com o secretário executivo do Iclei Brasil, Rodrigo Perpétuo, “os governos têm que oferecer condições adequadas aos catadores. Esse fator passa pela contratação das cooperativas. O protagonismo deve ser compartilhado”.

Para isso, a contratação as associações e cooperativas para a realização do serviço deve ser efetivada, conforme aponta Rodrigo. “Nós estamos no século XXI, onde o modelo de desenvolvimento é compartilhado. Não pode ser injusto. As contratações dos empreendimentos por parte do poder público devem ser mais estáveis, contratos de maior prazo e também com preços mais justos”, afirmou.

Já o catador deve ter em mente que a parceria com os municípios é vital. “Reconhecimento do protagonismo do poder público significa acesso a recursos financeiros e técnicos para que essa agenda possa ser implementada. Ela não deve ficar só nas mãos dos governos, tem que ser usada para empoderar e permitir a participação da sociedade civil organizada”, esclareceu Rodrigo Perpétuo.