23 de julho de 2018

Quando sementes são plantadas: conheça uma história fundamental para a formação da Redesol MG

Foto: Diego Cota/Redesol MG

Durante o I Encontro Mineiro da Economia Popular Solidária, na sexta-feira (05/07), um reencontro foi especial para a catadora da Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos produtivos do Barreiro e Região (Coopersoli Barreiro), Silvana Maria Leal. Entusiasmada, ela deu um abraço na professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Bianca Aparecida Lima Costa, para então começarem a contar um pouco do passado, quando a Coopersoli e a Coomarp iniciavam sua trajetória, em Belo Horizonte.

A atuação de Bianca foi fundamental para os empreendimentos e, mais tarde, para o surgimento da Cooperativa Central Rede Solidária dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de Minas Gerais (Redesol MG), como apontou Silvana. Em 2003, a professora integrava a equipe da então Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS).

“Na época, a agência conseguiu financiamento para dar suporte para cooperativas. Já era trabalhada a ideia de rede de cooperação”, contou Bianca. O objetivo da iniciativa era disseminar a economia solidária como forma de geração de trabalho, renda e organização dos trabalhadores, frente a um quadro de grande informalidade e desemprego.

“Nossa equipe desenvolvia o trabalho junto com as cooperativas. Foi aí que a gente se conheceu e começou o acompanhamento e a assessoria técnica na Coopersoli e na Coomarp. A principal questão era contribuir para que esses trabalhadores, que não tinham experiência na gestão cooperativa e dos resíduos sólidos, pudessem se organizar e dar conta do processo”, revelou.

A intervenção reforçou também a importância de atuar em rede de cooperação para crescer. Foi então que a semente da Redesol MG foi plantada. Bianca tem história com os catadores, como Silvana fez questão de reforçar. “Ela tem uma legado com nós que é muito rico. Me emociono porque ela acreditou em nós. A gente só tem a agradecer”, completou.

Foto: Diego Cota/Redesol MG