4 de março de 2019

Associação Mãos Amigas: um caso de sucesso da Redesol e Programa Novo Ciclo, em 2018

Pátio da associação após segundo dia de mutirão, em fevereiro de 2018 (Foto: Diego Cota/Redesol MG)
Devido à atuação da Cooperativa Central Rede Solidária dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de Minas Gerais (Redesol MG), em parceria com o Programa Novo Ciclo, que tem como objetivo capacitar o trabalho realizado nas bases, a Associação Mãos Amigas dos Catadores de Materiais Recicláveis de Sabará apresentou crescimento notável, que resultou na mudança de realidade de um grupo que, no início de 2018, estava fragilizado.

Além das oficinas de capacitação, foram feitos mutirões solidários e a articulação política, por meio de reuniões com o poder público local. Uma das primeiras mudanças foi no formato de produção, como conta a presidente da Redesol MG, Ivaneide da Silva Souza. “Alguns trabalhavam lá como serviço temporário. Não tinham grupo formado, pois não tiravam renda suficiente para sustento. Levamos uma forma de trabalho mais justa onde conseguiriam tirar uma renda que possibilitaria visualizar melhora na condição de vida”.

A catadora da Associação Mãos Amigas, Genessi Ferreira, revelou que o novo formato incentivou os catadores a trabalharem mais focados, fato que resultou diretamente na produção e no ganho individual. “Por causa da mudança no modelo, os catadores se desenvolveram mais. A partir do momento que passamos a trabalhar por produção, alguns viram que não produziam bem, aí puderam evoluir”, disse.

O grupo, que no 1º bimestre de 2018, comercializou 4,5 toneladas de materiais, fechou o ano com a produção total de 144 toneladas, uma média de 12 por mês. O 4º e 5º bimestre foi quando o empreendimento teve maior destaque ao comercializar 43,5 e 51 toneladas de recicláveis, respectivamente.


Para Genessi, o resultado é reflexo direto das ações formativas na Associação Mãos Amigas. “É por causa do envolvimento da rede, juntamente com o Programa Novo Ciclo, que melhorou bastante a convivência e o desenvolvimento produtivo. Foi onde tivemos várias capacitações para a produção, em como separar os materiais, relações interpessoais e outras”, contou.

Entretanto, Ivaneide revelou que neste momento é hora de o grupo ganhar autonomia. “Foi um trabalho muito presente da Redesol no último ano. Cada grupo tem um tempo. A gente alavanca um pouco e depois a rede recua, deixa para ver como o empreendimento pode caminhar. Agora é um momento de recuo para que o grupo possa construir sua identidade”, finalizou.