As bases vão contribuir de acordo com o volume de produção (Foto: Diego Cota/Redesol MG) |
Para a presidente da Redesol, Ivaneide da Silva Souza, o posicionamento do grupo demonstra a experiência solidária obtida ao longo dos anos. “Isso se deve ao amadurecimento dos empreendimentos. Inicialmente, a gente não sentia a responsabilidade do negócio. Quando começamos a trabalhar com formações para entendermos a necessidade de uma articulação maior para melhorar as condições de trabalho e renda, essa mentalidade mudou. Esse crescimento fortaleceu toda a Redesol e o grupo se uniu mais”, afirmou.
A sugestão partiu do técnico da Redesol MG no Programa Novo Ciclo, Lelis Fonseca, após estudo sobre qual seria a melhor forma mais justa para a contribuição. Ele explicou o potencial que terá para os catadores. “Ela vai trazer sustentabilidade. Todos vão contribuir de forma igualitária. Não é em igualdade de valor, mas em igualdade de direito e produção. Vão pagar de acordo com o que cada base produz”, contou.
“Ao longo do tempo, empreendimentos colheram benefícios, mas não contribuíam diretamente. Isso vai trazer engajamento, pois ao contribuir, os catadores vão sentir mais pertencentes à rede e vai cobrar mais as ações. Aumentará o sentimento de unidade do grupo”, completou.
Foto: Redesol MG |
Outro ponto destacado pela presidente da rede foi o ganho de autonomia que vai proporcionar. “A gente consegue pensar melhor o negócio quando tem recurso próprio, com projeto ou não, de dar continuidade aos trabalhos da rede. Não ficaremos tão dependentes de parceiros em um negócio que consideramos promissor, não só dentro dos empreendimentos, mas também desse negócio maior que é a Redesol”, avaliou.
“Antes a gente tinha dificuldade de entender como um investimento, mas com o passar do tempo a rede veio rendendo bons frutos às bases. Quando temos os resultados, as coisas ficam mais claras para serem discutidas e aceitadas. Hoje os catadores estão seguros em investir na rede”, finalizou Ivaneide.