Reunião contou com presença de redes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Fotos: Diego Cota/Redesol) |
Na ocasião, os catadores da Redesol destacaram os avanços alcançados ao longo da execução do programa, com a comercialização em conjunto, diretamente para a indústria recicladora, e também o aumento da renda em alguns grupos, como é o caso da Coopersoli-Barreiro e da Associação Mãos Amigas, de Sabará.
De acordo com a presidente da Redesol, Ivaneide da Silva Souza, o programa se tornou fundamental para o desenvolvimento da rede. “O objetivo da Redesol era conseguir entrar na indústria. Em um ano e cinco meses de intervenção, o Novo Ciclo já se tornou um marco, tanto para a organização, quanto em fazer a gente acreditar no nosso potencial. Pra gente o programa foi grande”, disse.
Segundo o gerente do Fundo Danone Ecosystem para as Américas, Timothée Murillo, esse é um momento de avaliação do projeto, que é uma das principais iniciativas apoiadas pela instituição. “Considerando a importância do Novo Ciclo, a gente queria fazer uma avaliação de campo para entender bem a dinâmica, o que consegue ser feito, quais lições que podemos tirar e levar para outras regiões e entender qual o nível de fortalecimento que nós conseguimos em sete anos”, contou.
Gestores e técnicos da Danone e Fundação Avina estiveram presentes |
A gerente de sustentabilidade da Danone Brasil, Luiza Yang, destacou o legado que o programa proporcionou aos catadores. “Ele criou as bases para as pessoas aprenderem e experimentarem, principalmente em relação à comercialização e fortalecimento das redes. Eu acho que isso é um legado, que independentemente da existência do Novo Ciclo ou outro programa, empodera os catadores para entendimento da importância da atividade de catação e da formalização”, afirmou.
O empoderamento dos catadores da Redesol é de longa data e foi fortalecido com o Novo Ciclo, como contou Ivaneide. “O entendimento de conseguir fazer a gestão começou com o projeto do Cataforte III, e teve grandes avanços no Novo Ciclo. Hoje vemos o quanto estamos preparados para gerir projetos a partir da rede”, revelou.
A iniciativa dos catadores é algo observado por Timothée ao longo dos anos. “Estou vendo, ano após ano, que o projeto vai além do que tinha desenhado inicialmente. O nível de empreendedorismo, de iniciativa e liderança, que vem das cooperativas, faz com que o projeto esteja se adaptando. Mesmo quando a situação econômica fica difícil, os catadores sempre acham novas respostas e soluções para seguir resistindo, com oportunidades dignas para as pessoas que trabalham nas cooperativas e associações”, disse.
Timothée elogiou estrutura da Coomarp, filiada da Redesol
Programa CataFácil, que auxilia na gestão dos empreendimentos, foi apresentado aos participantes |
“Enquanto o que eu vi, é a cooperativa mais avançada globalmente. Tive a oportunidade de visitar várias, mas em nível de equipamento, infraestrutura e ordenamento da cooperativa, dá pra ver que estão em um nível muito avançado. O pessoal parece contente por trabalhar aqui, tem sentimento de orgulho, de dignidade. Eles compartilham da pausa de café, dá pra ver que é um ambiente produtivo de trabalho, de solidariedade. Fiquei também muito surpreso pelas ferramentas, como o CataFácil, o monitoramento do volume e a separação por casa tipo de material. Acho isso muito positivo, gostaria que essa cooperativa fosse um exemplo para outras.”