4 de maio de 2019

Programa Novo Ciclo realiza reunião de avaliação na Redesol

Reunião contou com presença de redes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Fotos: Diego Cota/Redesol)

A Cooperativa Central Rede Solidária dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de Minas Gerais (Redesol) recebeu, na quarta-feira (24/04), gestores e técnicos do Programa Novo Ciclo para uma avaliação das atividades realizadas na terceira fase da iniciativa. A reunião aconteceu na Cooperativa dos Trabalhadores com Materiais Recicláveis da Pampulha Ltda (Coomarp), filiada da rede.

Na ocasião, os catadores da Redesol destacaram os avanços alcançados ao longo da execução do programa, com a comercialização em conjunto, diretamente para a indústria recicladora, e também o aumento da renda em alguns grupos, como é o caso da Coopersoli-Barreiro e da Associação Mãos Amigas, de Sabará.

De acordo com a presidente da Redesol, Ivaneide da Silva Souza, o programa se tornou fundamental para o desenvolvimento da rede. “O objetivo da Redesol era conseguir entrar na indústria. Em um ano e cinco meses de intervenção, o Novo Ciclo já se tornou um marco, tanto para a organização, quanto em fazer a gente acreditar no nosso potencial. Pra gente o programa foi grande”, disse.

Segundo o gerente do Fundo Danone Ecosystem para as Américas, Timothée Murillo, esse é um momento de avaliação do projeto, que é uma das principais iniciativas apoiadas pela instituição. “Considerando a importância do Novo Ciclo, a gente queria fazer uma avaliação de campo para entender bem a dinâmica, o que consegue ser feito, quais lições que podemos tirar e levar para outras regiões e entender qual o nível de fortalecimento que nós conseguimos em sete anos”, contou.

Gestores e técnicos da Danone e Fundação Avina estiveram presentes

A gerente de sustentabilidade da Danone Brasil, Luiza Yang, destacou o legado que o programa proporcionou aos catadores. “Ele criou as bases para as pessoas aprenderem e experimentarem, principalmente em relação à comercialização e fortalecimento das redes. Eu acho que isso é um legado, que independentemente da existência do Novo Ciclo ou outro programa, empodera os catadores para entendimento da importância da atividade de catação e da formalização”, afirmou.

O empoderamento dos catadores da Redesol é de longa data e foi fortalecido com o Novo Ciclo, como contou Ivaneide. “O entendimento de conseguir fazer a gestão começou com o projeto do Cataforte III, e teve grandes avanços no Novo Ciclo. Hoje vemos o quanto estamos preparados para gerir projetos a partir da rede”, revelou.


A iniciativa dos catadores é algo observado por Timothée ao longo dos anos. “Estou vendo, ano após ano, que o projeto vai além do que tinha desenhado inicialmente. O nível de empreendedorismo, de iniciativa e liderança, que vem das cooperativas, faz com que o projeto esteja se adaptando. Mesmo quando a situação econômica fica difícil, os catadores sempre acham novas respostas e soluções para seguir resistindo, com oportunidades dignas para as pessoas que trabalham nas cooperativas e associações”, disse.

Timothée elogiou estrutura da Coomarp, filiada da Redesol

Programa CataFácil, que auxilia na gestão dos empreendimentos, foi apresentado aos participantes

“Enquanto o que eu vi, é a cooperativa mais avançada globalmente. Tive a oportunidade de visitar várias, mas em nível de equipamento, infraestrutura e ordenamento da cooperativa, dá pra ver que estão em um nível muito avançado. O pessoal parece contente por trabalhar aqui, tem sentimento de orgulho, de dignidade. Eles compartilham da pausa de café, dá pra ver que é um ambiente produtivo de trabalho, de solidariedade. Fiquei também muito surpreso pelas ferramentas, como o CataFácil, o monitoramento do volume e a separação por casa tipo de material. Acho isso muito positivo, gostaria que essa cooperativa fosse um exemplo para outras.”