Equipe da Redesol recebeu certificado de participação no programa (Fotos: Diego Cota/Redesol) |
Na ocasião, a Redesol apresentou os resultados alcançados um ano e meio de atividades nas cooperativas e associações que integram a rede. O interesse dos catadores em evoluir em temas importantes para melhor desempenho da atividade, juntamente com o acompanhamento técnico, fez com que a rede superasse todas as metas estipuladas pela equipe do programa.
De acordo com a presidente da Redesol, Ivaneide da Silva Souza, um dos objetivos que foram concretizados era comercializar diretamente para a indústria. “O Novo Ciclo foi um divisor de águas. Tanto na questão da organização dos empreendimentos quanto focado na comercialização, porque nosso grande sonho era chegar à indústria recicladora e o programa veio para transformar esse sonho em realidade”, revelou.
Durante a intervenção, as filiadas da rede somaram 77 vendas diretas à indústria, que possibilitou o aumento no preço de alguns materiais. O papelão, por exemplo, era vendido a R$ 0,45 antes do programa e, em julho desse ano, estava sendo comercializado a R$ 0,61. Foi um acréscimo de mais de 35% no valor, em pouco mais de um ano e meio.
Outro ponto de destaque na apresentação foi a aquisição de um caminhão para unificar as cargas das bases. Após a chegada do veículo, as vendas para a indústria subiram 60% na comparação entre o segundo e o terceiro bimestre de 2019.
Ivaneide apresentou outros avanços, como a evolução na gestão administrativa, capacitação dos catadores ao longo da intervenção e aproximação com a gestão pública nos municípios. Resultados de uma rede mais atuante em suas bases, que reflete maior independência.
O Programa Novo Ciclo é uma iniciativa da Danone, que contou com apoio da Fundación Avina, Iniciativa Regional para el Reciclaje Inclusivo (IRR), Insea e Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).
Com objetivo de promover a logística reversa de embalagens, a intervenção contemplou quatro redes: Redesol, Cataunidos e Rede Sul, ambas de Minas Gerais, e Catavale, de São Paulo. A head de sustentabilidade e comunicação da Danone, Lígia Camargo, explicou como a empresa buscou contemplar sua necessidade aliada ao desenvolvimento das redes.
“Tivemos como missão recuperar parte do volume de material reciclável que a Danone lança no mercado por meio da implementação de sistemas de reciclagem inclusiva, dentro do contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos, utilizando instrumentos e ferramentas inovadoras que contribuem para uma nova economia circular e fortalecimento da indústria com participação dos catadores”, disse.