1 de abril de 2021

Catadoras de Contagem conhecem a experiência da Redesol na coleta seletiva com caminhão compactador

Fotos: Diego Cota/Redesol

A troca de saberes entre os catadores de materiais recicláveis tem sido essencial para a evolução do trabalho ao longo dos anos. Modelos de trabalho e de gestão são compartilhados para o bem comum. No início de março, catadoras das associações Asmac e Coopercata, de Contagem, visitaram a Coomarp Pampulha para conhecer de perto a experiência da cooperativa com o uso de caminhão compactador na coleta seletiva de Belo Horizonte.

O receio das catadoras quando vão fazer a transição do caminhão baú para o compactador é se a qualidade do material vai se manter a mesma ao ser compactado. A presidente da Redesol, Ivaneide da Silva Souza, explicou que para a coleta seletiva a compactação não pode ser a mesma utilizada na coleta convencional.

“O caminhão pode ser compactador, mas com baixa compactação. Não pode exceder nunca a três toneladas, porque mais que isso perde o material coletado. Para o resíduo comum, é utilizado uma compactação muito potente. A capacidade dele nesse caso é de sete toneladas. Dessa forma não serve para coleta seletiva”, disse.

Ivaneide explicou sobre a importância da mobilização

Uma parte importante destacada na reunião foi a mobilização da população para a separação ideal dos resíduos. “Tem que trabalhar junto à população para que ela separe bem esse material. Aqui em BH, os catadores realizam o trabalho de triagem e de mobilização. Por causa disso, o material vem mais limpo. Porque se vier qualquer resto de comida ou lixo de banheiro, acaba contaminando todo o material coletado no compactador”, alertou Ivaneide.

Para a presidente da Asmac, Erci Maria Gomes Ribeiro, a reunião foi produtiva e esclarecedora. “Nós viemos para conhecer o sistema de como é feita a coleta seletiva com o caminhão compactador. Eu achei a conversa muito produtiva e através disso nós trocamos muita experiência, nós aprendemos muito. Em Contagem, daqui um tempo nós pretendemos mudar o modelo do caminhão e conhecer esse trabalho foi muito importante”, contou.